Opinião

6 novelas esquecidas nos 60 anos da Globo que merecem ser vistas em 2025

Veja lista com títulos que estão "escondidos" no catálogo do Globoplay para você maratonar


Tarcísio Meira e Bruna Lombardi em Roda de Fogo; Marjorie Estiano e Camila Pitanga em Lado a Lado; e Alice Wegmann e Marco Pigossi em Onde Nascem os Fortes
Roda de Fogo, Lado a Lado e Onde Nascem os Fortes: veja boas opções para maratonar no Globoplay - Fotos: Divulgação/Globo

Na comemoração de seus 60 anos, a Globo tem destacado novelas que fizeram grande sucesso e marcaram a história da TV. Só que há títulos menos famosos produzidos pela emissora e que ainda merecem ser vistos em 2025.

A coluna reuniu, então, uma lista com títulos que estão “escondidos” no catálogo do Globoplay. São novelas que fizeram relativos sucesso, mas que nem sempre são lembradas em momentos comemorativos. Confira:

+ Como personagem que "mal existia" em Volta por Cima se tornou a maior surpresa da novela

Roda de Fogo (1986)

6 novelas esquecidas nos 60 anos da Globo que merecem ser vistas em 2025

Renato Villar (Tarcísio Meira) é um empresário inescrupuloso que planeja seduzir a juíza Lúcia Brandão (Bruna Lombardi) para se safar de um crime. Sua vida tem uma grande reviravolta após descobrir um tumor no cérebro. Antes de morrer, ele decide acertar as contas pendentes e viver um amor verdadeiro.

A novela é ambientada no período de redemocratização e, entre os personagens, há uma ex-militante de esquerda, Maura (Eva Wilma, sempre ótima), traumatizada com a tortura sofrida na ditadura. Há ainda um vilão gay, Mário Liberato (Cecil Thiré em um de seus melhores papéis na TV).

Escrita por Lauro César Muniz e Marcílio Moraes, Roda de Fogo foi um sucesso de audiência e é apontada por especialistas como uma das melhores novelas da Globo. Entretanto, só foi reprisada na TV uma vez e de forma compacta, em 35 capítulos, no Vale a Pena Ver de Novo, em 1990.

Meu Bem Meu Mal (1990)

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Uma disputa por poder é o fio condutor da trama. Dom Lázaro (Lima Duarte) tem que conviver com o sócio, Ricardo (José Mayer), sabendo que ele é fruto da traição de sua mulher com seu amigo. As coisas se complicam com o envolvimento entre Ricardo e Isadora (Silvia Pfeifer), nora de Dom Lázaro.

De Cassiano Gabus Mendes, Meu Bem Meu Mal também tinha a história de Doca (Cássio Gabus Mendes), pobretão contratado para conquistar a herdeira dos Venturini. É antológica a cena final de Isadora, que conquista a presidência da empresa, mas se vê sozinha, abandonada pela família e por Ricardo.

Há alguns furos no roteiro e diversos problemas de bastidores – duas atrizes deixaram o elenco na metade –, mas a novela dispensa arquétipos de mocinhos e vilões ao mesmo tempo em que apresenta um melodrama rasgado, como muitos noveleiros optam em detrimento de histórias mais realistas.

Esplendor (2000)

6 novelas esquecidas nos 60 anos da Globo que merecem ser vistas em 2025

Com um clima soturno e misterioso e ambientada nos anos 1950, a novela de Ana Maria Moretzsohn conta uma história já bastante conhecida, pelo menos em parte. Flávia (Letícia Spiller), fugindo da acusação de um crime que não cometeu, se aproveita de um acidente para assumir a identidade de outra mulher.

Ela vai trabalhar como governanta na mansão da família Berger e muda o dia a dia de quem mora ali, principalmente do patriarca, Frederico (Floriano Peixoto), um viúvo solitário que se apaixona pela funcionária. O elenco tem nomes como Cássia Kis, Joana Fomm, Osmar Prado e Tônia Carrero (1922-2018).

Esplendor foi projetada para ter poucos capítulos, mas acabou sendo “esticada” pela Globo. Ainda assim, é mais curta que o habitual: 125 capítulos. Apesar de ter elevado a audiência das 18h na época, acabou ofuscada pelo sucesso da sucessora, O Cravo e a Rosa (2000), e nunca foi reprisada.

A Lua me Disse (2005)

6 novelas esquecidas nos 60 anos da Globo que merecem ser vistas em 2025

No passado, Heloísa (Adriana Esteves) se envolveu com o filho de Ester Bogari (Zezé Polessa). Com a morte do rapaz, a ricaça passou a persegui-la e a lutar pela guarda do neto. Paralelamente, a protagonista é disputada pelo ex-cunhado Gustavo (Wagner Moura) e pelo misterioso Tadeu (Marcos Pasquim).

O drama principal é atenuado por tramas paralelas divertidas, ao estilo do autor Miguel Falabella. Ademilde (Arlete Salles), a dona do supermercado Frango com Tudo Dentro, procura um amor na internet. Há ainda o núcleo de Madô (Débora Bloch) e Leontina (Aracy Balabanian), peruas à beira da falência.

A Lua me Disse ficou marcada pela acusação de racismo por conta das personagens Latoya (Zezeh Barbosa) e Whiney (Mary Sheyla), que rejeitavam a própria raça. A abordagem politicamente incorreta, aliada à audiência insatisfatória, impediu qualquer reprise da novela, apesar da trama bem urdida.

Lado a Lado (2012)

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Na história ambientada em meio às transformações do início do século XX, Isabel (Camila Pitanga) e Laura (Marjorie Estiano) pertencem a realidades opostas, mas tornam-se amigas por compartilharem da luta por liberdade. As discussões sobre machismo e racismo abordadas na novela seguem pertinentes.

A trama resgata passagens da História do Brasil, bem amarradas às trajetórias dos personagens, como Zé Maria (Lázaro Ramos), par romântico de Isabel que se torna líder da Revolta da Chibata. Outro destaque é a vilã Constância (Patrícia Pillar, em um grande momento).

Lado a Lado venceu o Emmy Internacional de melhor novela, desbancando até Avenida Brasil (2012). Entretanto, não registrou boa audiência para os padrões da Globo. Os autores Claudia Lage e João Ximenes Braga também não voltaram a repetir a parceria – ela, inclusive, não fez mais novelas.

Onde Nascem os Fortes (2018)

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Na história criada por George Moura e Sérgio Goldenberg, a aventureira Maria (Alice Wegmann) tenta descobrir o paradeiro do irmão gêmeo, Nonato (Marco Pigossi), desaparecido misteriosamente após flertar com a amante de Pedro Gouveia (Alexandre Nero), um dos homens mais poderosos do sertão.

O mistério leva à cidade a mãe dos jovens, Cássia (Patrícia Pillar), que se envolve pelo principal suspeito do sumiço de seu filho. Outro que se interessa por ela é o juiz Ramiro Curió (Fábio Assunção), inimigo de Pedro e pai de Ramirinho (Jesuíta Barbosa), que à noite se apresenta como Shakira do Sertão.

Onde Nascem os Fortes foi divulgada como uma “supersérie”, mas pode ser vista como uma novela – e das boas. São apenas 53 capítulos, que permitem uma maratona com garantia de uma história surpreendente, bem escrita e com direção primorosa, além de ótimas atuações do elenco.

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