Novas versões

7 novelas da Globo que eram remake e muita gente não sabia

A Globo volta a apostar num remake ao exibir Vale Tudo na faixa das nove; a emissora já produziu novas versões de novelas próprias e também de suas concorrentes


Tássia Camargo em O Cravo e a Rosa
Tássia Camargo em O Cravo e a Rosa

Meses depois de ter exibido o remake de Renascer na faixa das nove, a Globo aposta todas as suas fichas na nova versão de Vale Tudo, que estreou no último dia 31 de março.

Quando falamos nesse tipo de produção, alguns títulos certamente vêm à memória, como Mulheres de Areia (1993), A Viagem (1994) e Anjo Mau (1996). Mas existem algumas produções da emissora que foram originadas a partir de tramas da concorrência e muita gente não sabe que se tratam de remakes.

Confira sete exemplos abaixo:

Amor com Amor se Paga

A novela Amor com Amor se Paga, exibida em 1984, é uma adaptação de Camomila e Bem Me Quer, escrita por Ivani Ribeiro para a Tupi em 1972.

O personagem central, inspirado em O Avarento, de Molière, foi interpretado, respectivamente, por Gianfrancesco Guarnieri e Ary Fontoura. No entanto, ele teve nomes diferentes nas duas versões: Olegário Harpagão na primeira e Nonô Correia na segunda.

A Gata Comeu

7 novelas da Globo que eram remake e muita gente não sabia

Grande sucesso da faixa das seis de 1985, A Gata Comeu foi uma releitura feita por Ivani Ribeiro de A Barba Azul, exibida pela Tupi em 1974.

Na versão original, os protagonistas Jô Penteado e Fábio foram vividos, respectivamente, por Eva Wilma e Carlos Zara; na versão seguinte, os papéis ficaram com Christiane Torloni e Nuno Leal Maia.

Hipertensão

Embora não tenha alcançado o mesmo sucesso das duas tramas já citadas, Hipertensão, transmitida pela Globo de outubro de 1986 a abril de 1987, era uma nova versão de Nossa Filha Gabriela, novela da Tupi exibida entre setembro de 1971 e março de 1972.

Eva Wilma foi a protagonista na primeira produção; na segunda, a personagem foi vivida por Maria Zilda.

Nas duas versões, uma artista itinerante retorna a uma cidade pacata e conhece três simpáticos senhores que, no passado, se casaram com trigêmeas. Uma delas era mãe da heroína, e o grande enigma da trama era descobrir quem era seu verdadeiro pai.

O Sexo dos Anjos

O Sexo dos Anjos, de 1989, é uma readaptação de O Terceiro Pecado, obra que Ivani Ribeiro escreveu para a Excelsior em 1968.

No entanto, essa adaptação foi a que menos agradou à autora. O enredo, originalmente situado na década de 1920, foi atualizado para o período contemporâneo da produção, o que comprometeu sua essência.

Ivani manifestou decepção com os resultados e também com o nome que a Globo deu para a novela - que, diga-se de passagem, não tinha nada a ver com a trama.

Sonho Meu

7 novelas da Globo que eram remake e muita gente não sabia

Exibida entre 1993 e 1994, Sonho Meu, escrita por Marcílio Moraes, foi baseada em duas histórias produzidas anteriormente por concorrentes da Globo: A Pequena Órfã (1968), da Excelsior, e Ídolo de Pano (1974), da Tupi.

A primeira emocionou o público com a história da órfã interpretada por Patrícia Aires, embora a atriz tenha relatado, anos depois, que o papel a deixou traumatizada. Curiosamente, a Globo reprisou a novela em 1971.

Já de Ídolo de Pano, foi aproveitado o triângulo amoroso vivido por Tony Ramos, Elaine Cristina e Dennis Carvalho, revivido por Leonardo Vieira, Patrícia França e Fábio Assunção.

O Cravo e a Rosa

Produzida entre 2000 e 2001, O Cravo e a Rosa teve como ponto de partida O Machão, exibida pela Tupi em 1974.

Na versão antiga, Antônio Fagundes e Maria Isabel de Lizandra deram vida aos personagens principais. Na releitura, Eduardo Moscovis e Adriana Esteves assumiram os papéis de Petruchio e Catarina.

É importante destacar que O Machão foi inspirada em A Indomável, exibida pela Excelsior em 1965 - e todas elas vieram de A Megera Domada, de Shakespeare.

Assim, O Cravo e a Rosa pode ser considerada um remake de um remake.

O Profeta

Mais uma produção da Tupi que ganhou nova versão na Globo foi O Profeta.

A versão original, de 1977, foi um grande sucesso estrelado por Carlos Augusto Strazzer. Já no remake de 2006, o protagonista foi interpretado por Thiago Fragoso.

Vale mencionar que as duas versões apresentaram diferenças significativas — a mais notável foi o destaque dado ao espiritismo na nova trama, ao contrário da primeira, que destacava diferentes crenças religiosas.

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